BIOGRAFIA

Paulo de Figueiredo Parreiras Horta (1884 - 1961)

Carioca, formou-se farmacêutico em 1903 pela Faculdade de Farmácia do Rio de Janeiro e, em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1905.
Procurou o Instituto de Manguinhos em 1904, um ano antes da formatura em medicina. Entre 1906 e 1907, fez o curso de especialização em microbiologia no Instituto Pasteur de Paris. De volta ao Brasil, em 1909, foi nomeado assistente do Instituto de Manguinhos, encarregado da seção de micologia e sobretudo do preparo do soro e da vacina contra a peste.
Descreveu diversas espécies de cogumelos, entre os quais o parasita da piedra negra, que recebeu o nome de Piedraia Hortae. Estudou a tinha negra palmar e outras dermatomicoses, tanto do ponto de vista clínico quanto micológico
Durante o ano de 1911 dedicou-se ao combate a uma epidemia de raiva que acometia os rebanhos bovino e equino de Santa Catarina e ameaçava estender-se para outros estados. Controlou a doença e organizou a produção e distribuição de uma vacina tanto contra a raiva humana quanto para a raiva animal. No ano seguinte exonerou-se do IOC para assumir o cargo de chefe da Secção Técnica da Diretoria Geral do Serviço de Veterinária do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.
Chefiou a equipe de médicos da missão médica brasileira, durante a Grande Guerra, trabalhando nos laboratórios e hospitais de Montpelier, sede de uma das grandes regiões militares da Francesas.
Em 1917 assumiu a cátedra de microbiologia e parasitologia dos animais domésticos, da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária do Rio de Janeiro, dois anos depois tornou-se diretor da instituição.
Eleito membro titular da Academia Nacional de Medicina em 1918, no ano seguinte passou a Integrar o corpo clínico da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, trabalhando no Serviço de Dermatologia e Sifiligrafia.
Em 1923 transferiu-se para Sergipe a convite do governador, com a missão de construir e fundar o Instituto Parreiras Horta, instituição criada no ano anterior para compor a estrutura da saúde pública estadual, cuja missão incluía a produção de insumos básicos, o combate a raiva e a produção de vacina antivariólica. O Instituto foi inaugurado em 1924. No ano seguinte retorna ao Rio de Janeiro onde exerceu o magistério em várias escolas. Em 1930 foi indicado para dirigir a cadeira de clínica dermatológica e sifilográfica da Faculdade Fluminense de Medicina, cargo que ocupou até 1954, quando completou 70 anos.

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