|
Nasceu em Stuttgart no ano de 1817. Aos 16 anos ingressou na faculdade de medicina de Tübingen, formou-se cinco anos depois. Tornou-se professor da patologia interna, de clínica médica e de clínica psiquiátrica na Universidade de sua cidade natal.
Notabilizou-se pelos estudos na área de neurologia e psiquiatria: a fisiologia e patologia do cérebro e a natureza das doenças mentais. Em 1845 publicou “Patologia Mental e Terapêutica” com quase 400 páginas. Rechaçava a ideia de “enfermidade da alma”.
Entendia as doenças mentais como disfunções neurológicas e cerebrais. Iniciou reformas no tratamento dos doentes mentais, considerava que o sistema asilar então existente devia dar lugar uma política de hospitalização de curto prazo combinada com uma estreita cooperação de sistemas de apoio sócio comunitários.
Em 1850 foi convidado pelo quediva (título equivalente a vice-rei) do Egito Abbas I para dirigir os estudos na Escola Médica de Kasr-El-Aini e transferiu-se para o Cairo. Dois anos depois encontrou ancilóstomas aderidos ao intestino de doentes com clorose do Egito em várias autópsias e apontou o Anchylostomum duodenale, verme identificado pelo italiano Angelo Dubini em 1838, como causa da doença. À época seu trabalho não teve repercussão entre os médicos europeus, arraigados à ideia de que as doenças deviam-se a distúrbios humorais, consequentes a perturbações telúricas e meteorológicas.
O reconhecimento do Anchylcomostomum duodenale, como responsável por anemias graves só se deu com os trabalhos de Wucherer sobre a “opilação” no Brasil, em 1866, e com a demonstração, por pesquisadores italianos em 1878, de que o diagnóstico poderia ser facilmente estabelecido pela presença de ovos do ancilóstoma nas fezes dos pacientes.
Em 1855 retornou à Alemanha. No ano seguinte foi convidado a dirigir a divisão de enfermidades mentais no Charité de Berlim onde morreu aos 51 anos.
www.ohomemeadoenca.com.br
|