BIOGRAFIA

José Martins da Cruz Jobim (1802 - 1878)

Gaúcho de Rio Pardo graduou-se em Medicina pela Universidade de Paris em 1828.
No mesmo ano retornou ao Brasil e foi nomeado médico do Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, onde teve presença marcante até 1859. No ano seguinte recebeu o título médico honorário da instituição.
Foi um dos fundadores da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, criada em 1829 e tornada Academia Imperial de Medicina em 1835, e redator da Revista Médica Fluminense, publicação da Academia que circulou entre os anos de 1835 e 1841. Em 1831 foi nomeado, por José Bonifácio de Andrada e Silva, médico dos filhos de D. Pedro I, que naquela ocasião renunciara ao trono.
Considerado um dos pioneiros da psiquiatria no Brasil publicou, em 1831, “Insânia Loquaz”, o primeiro escrito sobre doenças mentais do país. Foi o primeiro médico nomeado, em 1841, para o recém fundado Hospício de Pedro II com a atribuição de visitar, prescrever e formular o tratamento aos alienados recolhidos. Foi lente de medicina legal e toxicologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1833-1854), e diretor entre 1842 e 1872, quando se aposentou.
Foi agraciado comendador da Imperial Ordem da Rosa e da Imperial Ordem de Cristo e membro de diversas associações científicas e literárias: no Rio de janeiro, Nápoles, Lisboa, Paris, Roma, Lille (França) e Hamburgo.
Em 1848, já aposentado, Cruz Jobim entrou na carreira política, sendo eleito deputado geral pelo partido conservador, pelo Rio Grande do Sul, seu estado de origem, e depois escolhido senador do Império do Brasil pelo Espírito Santo,[1] cargo em que permaneceu de 1851 a 1878.
Foi deputado geral, nas 7ª e 8ª legislaturas, pela província do Rio Grande do Sul (1849-1851), e senador do Império pela província do Espírito Santo (01/03/1851), cargo este que assumiu em 6 de maio do mesmo ano e onde permaneceu até a data de sua morte, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro em 23 de agosto de 1878.


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